sábado, 21 de novembro de 2009

"Leões e Cordeiros"


Política, ideais, coragem esses são os elementos dessa história. Uma jornalista, um senador e um professor que tenta mudar as atitudes de alunos com grande potencial e talvez uma visão errada de como aplicar seus talentos. Essa poderia ser uma forma rasa de relatar este filme, mas uma obra tão complexa que aborda assuntos tão intensos como os questionamentos da humanidade, não há como passar ileso por estes relatos.

O começo, uma visita da jornalista Janine Roth ao Senador Irving, para o que seria uma entrevista exclusiva, na visão de muitos jornalistas isso seria um presente, mas o que Janine descobre é que encontro seria na verdade com sua consciência, e com todos os seus ideais. Como é possível escrever sobre o que não se acredita, questionamento que demonstra um confronto entre um dever da vida moderna com princípios pessoais. Até que ponto é aceitável ultrapassar sua essência por deveres “mundanos”?


Mentiras e propaganda política é o que a jornalista acredita que Irving esteja fazendo, e ela seria sua principal arma para isso. O Senador fala sobre um novo plano de ataque ao Afeganistão, e como pano de fundo aparece á história de Arian e Finch, dois alunos que durante um trabalho da faculdade decidem fazer mais pelo país, e alistam-se voluntariamente ao exército americano. Ao mesmo tempo em que Janine entrevista Irving, O Professor Malley conta a história de Arian e Finch. Momentos que parecem desconexos demonstram a intensividade do filme em colocar na mesa conceitos, agir da forma que se acredita ou pura e simplesmente para cumprir convenções sociais.


Ser ético, trabalhar de acordo com o que é justo e ser fiel aos seus princípios, esse é o tema de “Leões e Cordeiros”, e desperta o olhar de uma sociedade engessada e desinteressada pelo rumo e pelas consequências de suas atitudes.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Entrevista: Hamilton Octavio de Souza

Chegou a segunda-feira, e depois de um fim de semana de muito trabalho, tenho 95% da matéria sobre Ensino de Jornalismo no Brasil concluída. Um tema importante e muiito gosto de trabalhar, agora estou na torcida para que alguma pauta caia na revisa e eu conquiste mais duas páginas. Porque no plano inicial minha pauta tem o espaço de tres páginas reservadas, contando textos, fotografias e o nosso infográfico. Mas a riqueza das informações obtidas nos deram a oportunidade de mostrar um panorama dos cursos de jornalismo no Brasil.

Desde já agradeço a disponibilidade de todos os entrevistados, que getilmente nos receberam ou se dispuseram a responder por outros meios aos nossos questionamentos.

A edição da revista deverá ficar pronta até o fim de novembro e então poderei publicar aqui no blog, mas enquanto isso não ocorre deixo na integra entrevista realizada com Hamilton Octavio de Souza, editor da revista Caros Amigos, articulista do jornal Brasil de Fato e Professor da PUC-SP.

1) Em que melhorou o ensino de jornalismo nesses dez anos? A que se deve essa melhora?

Resposta: Ensino do quê? Nível fundamental, médio ou superior? Superior em que área? No Jornalismo? Se é no Jornalismo, não acho que tenha melhorado. Na verdade as escolas estão cada vez mais burocráticas e menos comprometidas com a produção do conhecimento relacionado com a realidade brasileira. Falta pesquisa, falta pensamento crítico, falta liberdade de cátedra. O ensino superior brasileiro está em crise porque está cada vez mais distante das demandas do povo. Os professores estão acomodados e os alunos desinteressados.

2) As universidades brasileiras estão preparadas para ensinar jornalismo e formar um profissional com bom nível de conhecimento?

Resposta: Existem mais de 400 cursos de Jornalismo no Brasil. A maioria pratica estelionato e picaretagem de alto nível. Muitas não têm professores capacitados, outras não dispõem de equipamentos, a maioria não aceita a liberdade de estudantes e professores no desenvolvimento de trabalhos para a boa formação. Existe uma brutal censura nos programas dos cursos, nas bibliografias, nas aulas e nas atividades complementares.

3) As disciplinas da grade currícular são capazes de atender as exigências do mercado?

Resposta: As grades variam de escola para escola. É sempre possível montar uma boa grade, equilibrada entre disciplinas teóricas (de formação humanística) e disciplinas técnicas (de formação profissional). O importante não é atender a exigência do mercado, essa não é a função da Universidade; o que cada curso precisa fazer é formar para o campo jornalístico, tanto acadêmico quanto profissional. O aproveitamento do formado no mercado é decorrência de uma boa formação superior, e não de seu preparo específico para o mercado.

4) O bacharel em jornalismo está preparado para exercer a profissão com competência?

Resposta: Espera-se que bacharel em Jornalismo saiba o que é jornalismo, qual o papel do jornalismo na sociedade brasileira, quais são as atividades próprias do jornalismo e como realizar um trabalho jornalístico. Espera-se que o formado em Jornalismo seja capaz de entender e refletir sobre a realidade, e atuar como jornalista com total autonomia de pensamento.

5) Como você avalia a preparação do estudante de jornalismo que ingressa no mercado de trabalho?

Resposta: Existem vários mercados de trabalho. Ingressar nesses mercados é fácil, mas o mais importante é realizar um trabalho comprometido com as transformações sociais, com a construção de um país mais justo e igualitário. Isso depende muito do local de trabalho, do compromisso social de cada veículo, do espaço de liberdade existente em cada redação. Muitos jornalistas são violentados em suas crenças pessoais e políticas por imposição das empresas e dos patrões. Muitas empresas jornalísticas forçam os jornalistas a fazer o que contraria o código de ética da profissão. Enfim, é difícil encontrar um local de trabalho onde se possa exercer o jornalismo com dignidade e coerência.

6) Existe demanda no mercado jornalistico para a atual oferta de profissionais?

Resposta: O desemprego é grande em todas as áreas profissionais. Os jovens são os mais prejudicados nesse quadro de crise do capitalismo. A existência de desemprego alto faz com que o mercado explore os jornalistas (trabalhadores) e rebaixe os seus salários. Interessa para as empresa que exista um número grande de desempregados, pois a oferta da mão de obra maior que a demanda das empresas, favorece a redução de custo na produção das empresas jornalísticas. Não basta o mercado absorver a mão de obra, é preciso que os trabalhadores (jornalistas) consigam bons salários (ou salários justos).

7) Na revista Caros Amigos vocês têm estagiários? Quantos são?

Resposta: Agora não temos mais estagiários. Temos alguns jornalistas profissionais com maior experiência e alguns estudantes de jornalismo com menor experiência profissional. Todos são contratados como jornalistas.

8) Se sim, qual o nível de conhecimento dos estudantes que trabalham com você.

Resposta: Temos apenas uma estudante de jornalismo trabalhando na Caros. Ela tem o mesmo salário dos outros dois novos profissionais, que se formaram o ano passado. Os demais são profissionais com mais anos de experiência.

9) As últimas notícias impactantes no universo jornalístico que dizem respeito à derrubada da Lei de Imprensa e à queda da obrigatoriedade do diploma. Como fica o ensino do jornalismo atualmente, frente às incertezas que o cercam?

Resposta: O povo brasileiro precisa de uma lei de imprensa democrática, que proteja o cidadão contra os abusos das empresas de comunicação. Uma boa lei de imprensa garantiria de forma rápida e eficiente o direito de resposta - que hoje não é respeitado por nenhum veículo. Os crimes de imprensa precisam ser regulados.

Sobre o fim da exigência do diploma para o registro profissional, espera-se que o congresso nacional faça uma nova lei para regulamentar a questão. A categoria dos jornalistas continua existindo, já existia há 400 anos, no Brasil tem 200 anos, conseguiu conquistas importantes antes da exigência do diploma (como a jornada de cinco horas e o piso profissional), e vai continuar existindo.
Os bons cursos de jornalismo vão sobreviver muito bem, porque as pessoas querem uma formação superior - em muitas áreas, mesmo quando as profissões não exigem isso para o exercício. Então, o fim do diploma interfere pouco na vida da categoria e dos cursos. O que importa é a mobilização e a luta da categoria.

10) Em se tratando não do curso, mas do meio jornalístico, quais foram os avanços nos últimos dez anos? Como o ensino da profissão tem seguido as inovações?

Resposta: Já disse lá no começo que a maioria dos cursos é ruim, não contribui para a formação de jornalistas comprometidos com as transformações da sociedade brasileira.

11) Qual o tamanho do déficit no ensino de Jornalismo no Brasil, a ponto de o STF não julgar necessário a exigência do diploma? Se existem culpados, quem são?

Resposta: O STF está a serviço das empresas de comunicação, faz o jogo do patronato e do capital. Derrubou a exigência do diploma porque interessa para as empresas definr quem pode trabalhar como jornalista ou não. Isso deveria ser função do Estado, já que o jornalismo é um serviço público e interessa para o conjunto da sociedade. O STF deu um presentão aos patrões das empresas de comunicação, pois assim eles podem empregar quem eles quiserem e pagarem o preço que bem entenderem. É a exploração da exploração. Voltamos ao século 17.

12) Antigamente as pessoas eram jornalistas por vocação, e hoje é pura técnica?

Resposta: As pessoas eram jornalistas porque trabalhavam com o jornalismo. Exerciam a profissão. A formação superior apenas adicionou a exigência de um pré-requisito: o diploma de curso de Jornalismo. Isso acontece em muitos países, e é uma garantia a mais de que as pessoas que trabalham nessa atividade pública passem por algum tipo de exigência e compromisso. É uma garantia para a sociedade.

13) Na sua opinião, que Instituição oferece o melhor curso de jornalismo no Brasil hoje?

Resposta: Existem vários cursos de boa qualidade, nos quais alunos e professores fazem uma boa reflexão sobre a profissão, dominam as técnicas necessárias para o desempenho profissional, assumem compromissos políticos e éticos com o desenvolvimento de uma atividade voltada para o conjunto da sociedade, especialmente para construir um mundo melhor.

Hamilton Octavio de Souza.
Jornalista, editor da Caros Amigos e articulista do jornal Brasil de Fato, e professor da PUC-SP.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Do que é feito um cronista?

Sempre tive problemas com crônicas, talvez porque as considere livres demais para um jornalista. Acredito que elas sejam mais pertinentes a escritores, romancistas, e não digo isso de forma negativa, tenho profunda admiração por esses que transformam palavras em sonhos, em crenças, em histórias que tem o poder de encantar seus leitores.

Mas de repente, me vejo na situação que sempre evitei, sentar-me para escrever uma crônica. A partir daí surgem ás dúvidas. Qual assunto abordar? Qual estilo imprimir no meu texto? Tudo isso ao meu ver me parece complicado demais, e tento me lembrar das palavras da Mestre em sala de aula dizendo, que todo jornalista é jornalista por que é um cronista. Então me vi despida dos preconceitos que aplicava a este tipo de texto, lembrando-me do meu inicio – quando buscava escrever sobre diversos assuntos, mesmo sem técnica, mesmo sem estilo ou conhecimento profundo de qual a maneira certa para escrever uma reportagem, uma matéria ou uma nota que fosse.

Refletindo sobre isso, percebo como evitamos coisas, pessoas, situações por puro pré-conceito. Qual o tamanho da nossa ignorância frente o desconhecido – talvez por puro medo de errar, de não conseguir transpor o novo desafio que se coloca diante de nós. E quantas oportunidades são perdidas por isso.

Arrisco-me então nestas linhas, buscando os primórdios dos meus textos juvenis, com as características rústicas da minha falta de conhecimento, mas muito mais livres do que hoje. Sinto-me engessada por uma lista de regras e conceitos que aprendi nos anos de estudos, do que é certo ou errado. De como ousar é difícil e perigoso, há quantos mais essas regras engessam talentos, reduzem raciocínios e diminuem a produção de grandes obras – sejam elas quais forem?

Buscando a simples resposta, do que é feito um cronista? Cheguei a uma conclusão, que pode não ser há mais exata, porém é a que me libertou a escrever estas linhas. Um cronista é feito de paixão, a paixão eleva o pensamento, aprimora teus sentidos e transforma tudo ao seu redor. Um cronista para ser cronista deve ser, estar ou ficar apaixonado pelo objeto de trabalho, o assunto do seu texto. Afinal é o que verdadeiramente o transformará em uma boa crônica.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Angela Merkel continua

Tenho que confessar, mesmo sendo uma pessoa muito interessada em política - principalmente em política externa, nunca me atentei muito para os rituais eleitorais de outros países. Me bastava saber quem era o candidato eleito, e pronto.
Hoje eu tenho outra posição em relação á isso. E grande parte é causa do meu trabalho como assessora de imprensa do club Transatlântico. Ontem, 27 de Setembro/09, foi reeleita a chanceler Angela Merkel. Assisti com profundo interesse a transmissão dos resultados das eleições do parlamento alemão - Headset e ouvidos bem abertos pra ouvir a tradução simultânea, e ainda acompanhar as discussões de membros dos partidos alemães aqui no Brasil.
Na alemanha o voto é facultativo - acredito que este seja um requisito indispensável para se promover a verdadeira democracia, e seus eleitores podem votar mesmo se estiverem fora do país - O envío dos votos por correio por exemplo começou há um mês.

Muita gente no club, interessados nas mudanças que viriam, e no telão a TV Alemã comentando principalmente quais as expectativas da população caso a atual chanceler vencesse as eleições. Quando derrepente o anúncio e a imagem de Angela Merkel recebendo flores e sendo ovacionada pelos membros de seu partido. Os membros das fundações presentes no club falavam sobre a política de redução dos juros e como A chanceler reeleita deveria agir para retomar o crescimento da economia no momento pós-crise.

Segundo os comentários feitos, o maior trunfo de Angela nesse novo mandato - que cumpre o período de quatro anos, é a conquista do CDU/CSU (partidos gêmeos), do maior número de cadeiras do parlamento, um total de 33,9%. Com o resultado obtido a chanceler diz que terá muito mais espaço para implementar ações políticas de maior relevança para as necessidades do país. O antigo parceiro da candidata reeleita, o SPD, perdeu cerca de 11 pontos em relação as eleições de 2005.

O representante do SPD, disse após as prévias demonstrarem a queda da participação do partido, que eles teriam que assumir a derrota e incorporar o papel de oposição.
Eu, particularmente já acreditava na vitória de Merkel frente ao seu concorrente Frank Walter Steinmeier. Não sei claro, como ele era visto pelos alemães, mas na ótica de uma estrangeira, não me parecia provável sua vitória. Agora resta acompanhar estes próximos quatro anos de comando pelas mãos de Angela, e aguardar as medidas que vão trazer mudanças na política alemã.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O que é a web 2.0?

Revolução, é assim que é ditada a web 2.0. Mas revolução exatamente no que?
Enxergo a web 2.0 como a revolução na comunicação interpessoal, a partir daí você pode considerar que essa nova ferramenta, abrange diversas outras áreas, nos mais diferentes segmentos. Poís a comunicação é o modelo que vai transitar por todos os aspectos da vida do ser humano.

Inicialmente, falando sob a ótica empresarial, da qual eu me empenho para entender e trabalhar essa inovação junto aos meus clientes, o que percebo é uma total alienação das grandes empresas sobre o poder do que chamamos de mídias digitais. E não é para menos, afinal as coisas estão mudando cada vez mais rápido e a capacidade para adequação aos novos meios de comunicação, muitas vezes é limitada.

É nessa hora que os profissionais de comunicação, vão agir, demonstrando as caracteristicas de cada modelo de trabalho para a empresa, e o que realmente poderá funcionar. Nós trabalhamos como consultores, mas encontramos resistência. Como profissionais capacitados, deveriamos ter autonomia na gestão dos recursos de comunicação e na forma de trabalho dos mesmos. Mas muitos presidentes, com pensamentos pré-históricos acabam causando uma intervenção prejudicial ao negócio e a todo o plano de comunicação desenvolvido.

Pensando nos problemas encontrados para fazermos nosso trabalho direito e conseguir contornar os problemas com nossos clientes, como devemos agir para o desenvolvimento e sucesso do projeto? Abaixo um vídeo demonstrando a capacidade das mídias sociais.

Vamos aproveitar este espaço para torcar idéias, sugestões e experiências.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Trinta anos sem um revolucinário da 7º arte

Em 22 de agosto de 1981 o Brasil ficava mais pobre, perdia um símbolo cultural e um marco na arte brasileira.

Morria Glauber Rocha, um dos mais geniais cineastas, ator e escritor que o mundo já conheceu.

Glauber revolucionou o cinema com seus filmes, promoveu uma radical revisão nos conceitos culturais do Brasil e influenciou outras cinematografias.

Viveu num tempo em que os sonhos eram sonhos de grandeza e esperança.
Acreditou que o caminho da felicidade é o viver revolucionário e viveu seu sonho de forma luminosa e trágica.


Deixou em seu legado clássicos do cinema brasileiro como Deus e o Diabo na Terra do Sol de 1961 e Terra em Transe de 1967, mas muito além de filmes ele deixou a luta, a crença em um Brasil melhor e principalmente um exemplo de paixão pelo que fazia.

Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, Glauber passou uma manhã abraçado com ele chorando, e ele custou a entender que Glauber chorava a dor que nós deveríamos chorar, a dor de todos os brasileiros, chorava as crianças com fome, o país que não dava certo, a brutalidade, a estupidez, a medíocridade, a tortura.

Ele não suportava nada disso. Fica de Glauber a herança de sua indignação, indignado com o mundo como é, o mundo que deveria ser.

Liderou o Cinema Novo, corrente artística nacional que fazia uma crítica social e inovava em sua forma de realizar os filmes.
Ia contra o cinema Hollywoodiano, e se enquadrava na realidade vivida pelos brasileiros.

Ao perder o Festival de Veneza para o cineasta Louis Malle, criticou a forma com que foi julgado o melhor filme, dizendo que só ganhou porque foi patrocinado pela Columbia, uma multinacional imperialista.

Além de que o filme vencedor era comercial, o que para ele era um desrespeito a tradição do cinema. “Eu não tenho o menor interesse de ganhar dinheiro com o cinema, o menor interesse de fazer a indústria do cinema e acho que a indústria do cinema nos tempos tradicionais é o assassinato do cinema.”

Era no seu trabalho que Glauber se encontrava, podendo expor suas idéias e colocando suas loucuras em prática.

Como foi dito pelo cineasta Paulo Gil Soares: “as provocações que ele faz nos cinemas brasileiros são permanentes, toda vez que o cinema brasileiro estava aquietado, Glauber falava uma grande maluquice. Inicialmente você se assustava, mas depois quando ia administrar você via que era uma coisa orgânica, que era a maneira dele fazer aquelas coisas.”

Já para o cineasta Zelito Vianna, “Glauber era um grande diretor de atores. Ele os levava ao extremo e tirava a melhor performance deles, dirigia tudo, movimentos, expressões e falas. Criava tudo em sua mente. Filmava, escrevia e montava os filmes antes mesmo deles terem forma. A paixão pelo que fazia dava a ele muita criatividade e identidade e um ponto de genialidade que só ele poderia ter.”

Glauber Rocha deixou saudades por seus delírios, sua insanidade, intuições e paixão extrema pelo trabalho.

Deixou o mundo triste pela falta de seu sorriso irônico e pessoal, seu brilho e inteligência.
Vivia tanto no sonho quanto na realidade, mas com intuições surpreendentes.

Para Arnaldo Jabour, Glauber morreu porque não suportaria ficar nesse mundo de hoje. Esse mundo sem trancedência, esse mundo globalizado, esse mundo sem utopia. Glauber não agüentaria, porque Glauber era uma utopia em estado de vida.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Como fazer jornalismo segmentado?

Com tantos protestos, a favor e contra, a decisão do Supremo á respeito do diploma, em muitas discussões que participei com colegas, formados ou não, percebi que compartilhamos a opinião de que o futuro do jornalista, é partir para o segmentado.

Existem muitas vantagens nisso, a primeira, é a oportunidade de trabalhar exatamente com o assunto que te interessa. Por exemplo, eu gosto de política e economia, e agora escrevo e assessoro justamente a área de economia de mercado.

Outra vantagem, é a especialização, porque temos que concordar, com a não exigência do diploma, nós profissionais, somos muito mais cobrados por parte de nossos conhecimentos e competência. A partir daí, vemos um leque de oportunidades surgindo, mas acredito, apenas para áqueles que não tem preguilça, e que não acreditam que a graduação é o suficiente para crescer em uma profissão tão disputada como a nossa.

Por este ponto de vista, é claro, que a sociedade ganha, com muito mais qualidade de informação e competência no trabalho feito.
E o jornalista, muito mais prestigío e respeito.

domingo, 5 de julho de 2009

"O contador de histórias"

Dia 02 de julho de 2009, 21:00h, São Paulo. Apagam-se as luzes e começa a pré-estréia de "O Contador de Histórias".
No Brasil dos anos 70, a pedagoga Margherit esta na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, para realizar pesquisas, oque ela não sabia é que um de seus objetos de pesquisa se tornaria parte viva de sua vida.

Em uma visita a FEBEM a procura da história dos meninos que ali viviam, Margherit conhece Roberto Carlos.

Treze anos, pobre e negro, foi deixado na instituição aos seis anos pela mãe, que tinha a esperança de que ali ele teria chance de construir um futuro diferente da realidade de sua família.

Apesar da meiguice Roberto teve que aprender a ser duro para enfrentar a vida. O encontro se deu pela sede da pedagoga por histórias inusitadas, e pelo talento de Roberto em contá-las.

Quais os ingredientes de um bom filme?

Mais do que um bom roteiro, um bom filme é feito da habilidade e do olhar do diretor em transformar aquela história em encantamento. Conseguir que o público interaja com o filme. Tudo isso foi conseguido de forma magistral nesta produção.

Com fotografia e caracterizações impecáveis, a história de Roberto, provoca risadas inesperadas e lágrimas emocionadas.

Baseado na vida de Roberto Carlos Ramos, considerado um dos 10 maiores contadores de histórias do mundo. Com direção de Luiz Villaça e produção de Francisco Ramalho Jr. e Denise Fraga, este filme vêm mostrar a maturidade crescente e qualidade das produções nacionais.

Estréia Nacional
Dia: 07 de Agosto de 2009
Direção Luiz Villaça
Produção: Francisco Ramalho Jr. e Denise Fraga
Duração: 110 minutosAno Produção 2009Produtora RAMALHO FILMES e NIA FILMES

ELENCO
Maria de Medeiros (Margherit Duvas)
Malu Galli (Psicóloga)
Jú Colombo (Mãe de Roberto Carlos)
Marco Antonio (Roberto Carlos - 6 anos)
Paulo Henrique (Roberto Carlos - 13 anos)
Clayton dos Santos da Silva (Roberto Carlos - 20 anos)
Cabelinho de Fogo (Victor Augusto)
Ator Convidado
Chico Diaz (Camelô)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Diploma X Liberdade de Expressão


Dizem os ministros que votaram a favor da não obrigatoriedade do diploma, que esta exigência fere a constituição brasileira quando se refere a liberdade de expressão de todo e qualquer cidadão.

Alguns jornalistas e estudantes a favor da decisão do supremo, defendem ainda o jornalismo romântico, com a máxima de que jornalismo de verdade só se aprende nas redações.

E eu que pensava ser uma estudante utópica.

Primeiro, deve haver muito cuidado ao se falar que a exigência do diploma fere o direito a liberdade de expressão, a obrigatoriedade do diploma serve mais como um salva-guarda para os profissionais de jornalismo. Não, eu não compartilho do medo de alguns de que sem o diploma qualquer um seria jornalista, é claro que em alguns lugares se você se interessa pela profissão e tem um bom texto pode ser que você consiga uma vaga, mas quais serão as condições dessa vaga? Um salário abaixo do piso imposto pelo sindicato, e é claro que um jornalista graduado não iria aceitar.

Sobre a questão romântica de que jornalismo se aprende nas redações, vamos lá, pessoal não vivemos mais nos anos 50, época em que existiam pessoas com ideais, ética e moral, essa era a essência dos jornalistas graduados nas redações, dos repórteres que adquiriram suas experiências nas ruas.

Hoje isso não é mais possível, vide as intermináveis discussões nos bancos das faculdades, do porquê não existem hoje movimentos sociais fortes como os “caras pintadas”, o fato é que a faculdade ajuda sim a criar nos aspirantes a jornalista senso crítico, uma visão de mundo mais ampla e cultura.

Portanto, as justificativas do Ministro Gilmar Mendes para a revogação da obrigatoriedade do diploma são infundadas, ainda mais ditas nos tempos de hoje, com internet, orkut, blogs, microblogs onde qualquer um, pode dizer qualquer coisa, a qualquer hora, basta ter um computador, então por quê essas pessoas procurariam trabalhar em veículos de comunicação? O diploma têm a única função de proteção de uma classe trabalhista.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Stress

Correria, o cotidiano da sociedade moderna é formado por essas palavras.
Podem reparar, quando você pergunta a alguém como está a vida, a resposta é sempre a mesma "Uma correria".

Ontem conversando com meu amigo comentei, até dezembro de 2010, quando me perguntarem o que ando fazendo minha resposta será "Faculdade e estágio, e saindo pouco por que não sobra tempo", esse é o retrato do meu cotidiano.

Por isso a falta de atualizações por aqui, algumas novidades, estou fazendo um freela em uma revista segmentada na área de executivos financeiros, bem interessante, e próxima semana, provas e mais provas.

Depois disso creio que conseguirei postar um texto decente e interessante aos que por aquim passam.

No mais, participando de alguns projetos, criando alguns textos e estudando a escola de chicago. Jornal Cidadão finalmente indo para o forno, e assim que tivermos a publicação prontinha, posto por aqui. Textos muito bons, o jornal foi todo feito com a pauta dos Excluídos, e a do meu grupo tratou da exclusão pela palavra. História interessantes.

Até o fim de semana, posto algumas idéias.
No mais, desculpem o sumiço.

Até Logo!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Jornalismo didático?

Adaptar-se aos diversos tipos de mídia existentes, e ser aberto ás que ainda virão. Com tantas formas de escrever, como o jornalista vai conseguir identificar e alinhar-se ao modo certo de cada mídia. A TV, o rádio, a revista, blogs, microblogs, infográficos.

Você blogueiro, acredita ser um jornalista didático. Neste universo em que frequentamos, que buscamos informações e entreterimento, nós estamos respeitando preceitos jornalísticos? Como o lidi, ou as leis do discurso. Qual a relevância do seu blog? Você consegue definir o seu público alvo, ou seus textos são escritos ao léu, sem qualquer relevância.

Suas informações respeitam a lei da sinceridade? Qual a confiança que seu texto passa para seus leitores, e como nós podemos mensurar o alcance e aceitação do nosso público?
Faltam ainda pesquisas que completem informações sobre blogueiros, e sobre os leitores dos blogs. Li sobre o livro do escritor britânico Andrew Kenn, que escreveu o livro "The cult of the amateur: How today´s internet is killing our culture".

Pelo que vi a respeito, parece que ele defende a tese, de quem a web 2.0 está deflagrando nossa cultura, que com a facilidade em se publicar informação, nãoe pode ter mais confiabilidade no que se lê.
Então, como é que que nós blogueiros, distinguimos esse mar de informações diversas? Como vamos passar confiabilidade para nossos leitores?
Essas questões devem ser abrangidas entre os participantes dessa revolução, pois qualquer generalização da falta de confiança na web 2.0 atinge á todos nós, que tentamos passar uma informação diferente, para um público, que muitas vezes não tem tempo de ler ou assistir a diversos jornais.

E ai, o quê vamos fazer?

sábado, 11 de abril de 2009

30º Prêmio Vladimir Herzog

Depois de muito, muito tempo, eu finalmente consegui uma cópia do DVD com a gravação do programa especial gravado no 30º prêmio Vladimir Herzog. Dia 27/10/2008.

Graças a Prof. Ms. Regina Tavares, coloco a disposição de vocês uma parte do programa que foi ao ar pelo canal universitário, pela extinta (ainda sem explicações do motivo), TV UNICSUL.

Eu editei o vídeo mostrando somente as cabeças, uma entrevista com Heródoto Barbeiro, e minha entrevista com André Deak. Mas verei se consigo autorização para divulgar todo o programa, e se consigo uma forma de fazer isso, já que quase não consigo publicar esse vídeo editado por causa do tamanho. Se souberem como consigo fazer isso, por favor postem comentários. Por que eu tive uma briga para conseguir essa façanha.

E já me decidi, como até hoje não consegui fazer um podcast para este blog, minhas entrevistas com Caco Barcelos, Heródoto Barbeiro e Carlos Dorneles, as quais tenho apenas o aúdio, serão postadas aqui como um vídeo feito no Movie Maker. Só preciso de um pouco de tempo e descanço para fazer isso.

Essa entrevista começou a ser elaborada no
Laboratório da faculdade, onde preparavámos a pauta para a aula de TREP (Técnicas de Reportagem), tínhamos um entrevistado, vencedor de alguma categoria da edição de 2008 do prêmio. Escolhi o Deak depois de assistir ao documentário Nação Palmares, trabalho que lhe rendeu o prêmio na categoria internet. A discussão abordou o tema da luta pela liberdade dos negros. A forma como o tema foi mostrado, com interatividade, interessante e muito inteligente, mostrou um jeito diferente de fazer jornalismo. Por isso a minha escolha.Equipe do

Depois disso comecei a acompanhar a carreira do Deak, da forma que consigo, umas olhadelas aqui e ali. E o vejo como grande jornalista multimídia. Vide os trabalhos dele, alguns dos quais disponíveis no blog ANDRÉ DEAK.

Sintam-se á vontade para tecer comentários sobre minha atuação, sobre as gaguejadas e perguntas feitas.

Um Abraço!



terça-feira, 24 de março de 2009

Twitter. O quê? Por quê? Como?

Não existe mais público e privado, e como cantou Anitelli "o tudo é uma coisa só".
Sempre quando se pensa que nada mais poderá acontecer, vêm algo e mostra o quanto estamos errados.

Caros blogueiros, quem ai usa o twitter?
Quem se arrisca a dizer qual a verdadeira grandeza dessa ferramenta?

Quando comecei a usar essa nova rede social, que virou febre mundial, me perguntei afinal para que servia aquilo.

Não sou, pelo menos por enquanto, nenhuma viciada no twitter. Tenho 16 seguidores, e sigo apenas 20 pessoas.

Na maioria amigos, ou gente interessante que tem o que dizer. O legal da novidade é a instantaneidade, você têm 140 caracteres pra dizer o que pensa. Já marquei bar com minhas amigas, já descobri materiais sobre comunicação interessantes e também já falei muita bobagem naquele espaço que parece terra de ninguém.

Diferente do orkut ou do msn, qualquer um pode te seguir, e não é preciso pedir autorização. Também não existem cadeados para que ninguém indesejável, veja o que você postou. É uma invasão autorizada.

No todo o twitter é legal, mas vejo mais sentido no seu uso principal, ou que deveria ser, pelo celular. Era assim que seus criadores, Jack Dorsey, Biz Stone e Eva Willians, imaginavam o serviço. A popularização da ferramenta na internet foi um acidente.

Hoje o twitter tem 6 milhões de usuários, no Brasil eles são na maioria, jovens na média dos 31 anos, profissionais de comunicação e tecnologia. Apesar da popularidade do serviço ele ainda não gera nenhum lucro para seus criadores, e eles confessam não saber como fazer isso.

Abaixo lista dos meus twitteiros favoritos.

André Deak - Jornalista
Beth Saad - Professora do Curso de Mestrado da USP de Ciências da Comunicação
Marcelo Tas - Jornalista
Rafinha Bastos - Humorista
Uma dica aos estudantes de jornalismo de São Paulo.

A Oboré abriu inscrições para o Projeto Repórter do Futuro, indico á todos que se interessarem em discutir o tem Amazônia, já tive oportunidade de participar do projeto Repórter do Futuro, em uma configuração diferente da atual, mas vale a pena.

Atenção inscrições somente até dia 27 de março. Acesse aqui.

Fonte: Revista Época, ed. 15 de março de 2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

A Crise e suas surpresas

Um mês longe.

E apesar da enorme saudade e vontade de escrever os acontecimentos me impediram, claro que não preciso entrar em detalhes e nem o pretendo fazer. Mas justifico minha ausência aqui, sobre um trauma irreparável da perda de queridos e amados amigos.

Diante dessa perda por um tempo fiquei desnorteada sobre o futuro e sobre e pra que nos preparamos, se não sabemos ao certo quanto tempo aqui ficaremos. Agora percebi que nunca vamos conseguir responder esta pergunta, portanto temos que viver nossas vidas da melhor maneira, e apesar de toda a tristeza devemos continuar fazendo o que gostamos. Portanto, voltei (de novo).

Agora pensando em pessoas que se foram, as vezes achamos que alguém sumiu para sempre, e derrepente eis que ele está ai pra todo mundo ver. Nosso nem tão excelentíssimo ex-presidente Fernando Collor de Mello volta a cena política, e a boca do povo.

Abaixo um entrevista que fiz hoje com 3 alunas do curso de Comércio Exterior da Unicsul, exercício desenvolvido na aula de redação. Fiquem á vontade para comentar.

Do outro lado da crise

Eliane, Patrícia e Cristiane, estudantes do 5º semestre de administração com ênfase em comércio exterior, revelam estar satisfeitas com a escolha do curso.
Patrícia, 20 conta que escolheu administração por que já trabalhava na área, enquanto Cristiane, 20 e Eliane, 20 têm visão de crescimento profissional.
As três amigas estavam na biblioteca na faculdade desenvolvendo um trabalho sobre a importação na china.

Conversamos sobre a crise e as meninas revelaram que os alunos do curso têm grande admiração e o que agradecer ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992, na tentativa de evitar o processo de impeachment por acusações de corrupção.

Enquanto a maioria dos brasileiros lembra-se de Collor pela corrupção, pelo bloqueio das cadernetas de poupança “o famoso plano Collor”, as estudantes contam que tanto os colegas de classe como sua professora comentam as boas atuações do ex-presidente. Como por exemplo, a abertura do mercado brasileiro para as exportações, “É claro que o Collor fez muita coisa ruim, mas ele também fez coisas boas estimulando a economia brasileira com o mercado exterior, graças a ele existe a nossa profissão”.

Patrícia diz que seria capaz de votar em Collor para presidente, mas analisaria suas outras propostas, “não tenho medo do Collor, tenho medo é do povo que elege os políticos que estão no poder”.

Eliane que ainda não trabalha na área conta a dificuldade em conseguir um estágio, e diz que quer abrir sua própria empresa de importação e exportação quando terminar a faculdade, as colegas concordam com a proposta de ter seu próprio negócio.

É preciso ter empreendedorismo para poder crescer, enquanto as pessoas têm medo da crise, vai se sair melhor quem tiver coragem de investir.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Reflexões

"Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte".(Gabriel Gárcia Márquez)

Inicio de semestre, inúmeras novidades, muitas delas nem tão boas como gostaria. Como comentei aqui no último post, a Universidade Cruzeiro do Sul fechou a TV Universitária demitindo todos os seus colaboradores.

No fim de dezembro eles receberam a fatídica notícia,sem maiores explicações foram dispensados. Porém nós alunos, que usufluíamos da estrutura da TV, que existia há 12 anos, não recebemos qualquer comunicado ou explicação para o fato. Particularmente eu fiquei sabendo no 1º dia de aula, por meio de amigos que estudavam no campus onde se concentrava os estúdios da TV e ou que trabalhavam na própria.

Fico imaginando, de que forma os alunos de jornalismo vão fazer jus ao slogan da faculdade "Aprender na Prática", como praticar sem ter onde e como expor nossos trabalhos. E o que vai acontecer com o conceito do nosso curso quando o MEC, for avaliar o curso?

A instituição, não demonstra nenhum respeito para com seus alunos, ao não se pronunciar a respeito do fechamento do núcleo de TV.

E pra fechar, comenta-se que os alunos de comunicação social do 1º ano, não terão aulas de português presenciais. No ano em que o acordo da reforma ortográfica entra em vigor, os futuros jornalistas, publicitários, relações públicas e radialistas irão aprender português pela internet.

O que mais pode acontecer? Dá até medo de imaginar.

Agora aos alunos indignados com as atitudes da instituição, vamos reagir e cobrar explicações.
E mesmo com todos os problemas que enfrentamos, seguir em frente é necessário, tomar atitudes para transformar o que não nos convém.

Por isso a citação de Márquez no início, acredito piamente que ser jornalista é isso. Amar o oficio e trabalhar até o fim.

Depois desse desabafo, espero no fim de semana conseguir abordar uma discussão sobre a relação entre jornalismo e blog.

Até Sabádo!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

We are back!

Primeiro, um milhão de desculpas pela ausência.
Amigos blogueiros, houve uma tentativa de suícidio do meu monitor e estou provisoriamente sem computador, então venho aqui hoje apenas para contar algumas novidades.

A faculdade voltou, mas decepcionando, a Unicsul desativou as atividades da Tv Universitária, com certeza uma das maiores conquistas do núcleo de comunicação social.
Diminui aulas, e diversos outros problemas que irei postar aqui logo.

E eu, estou atarefadissíma, como nova clipadora da agência de comunica Mapa, em São Paulo.
Vim apenas reavivar este blog, e sexta o monitor volta da U.T.I, e poderei me alongar nesses papos.

Até sexta!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Mande todos para o Brasil!

Quem nunca ouviu aquela famosa piada sobre as maravilhas do Brasil, e depois Deus se justificando, "É por que você não viu o povinho que eu coloquei lá". Bom se isto era somente uma piada injusta, o nosso digníssimo Presidente Lula, está trabalhando arduamente para fazer jus a nossa fama.

Hoje saiu em diversos jornais, declarações do Presidente Lula, apoiando a decisão do Ministro da Justiça Tarso Genro sobre a concessão de status de asilo político ao terrorista italiano, Cesare Battisti.

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália, e ao pedir sua extradição ao governo Brasileiro, a justiça concedeu o asilo político. Com esta decisão se discute as relações diplomáticas entre os dois países, e segundo o Presidente Lula, ele não acredita que um simples refugiado iria estremecer as relações tão fortes e antigas entre os dois países.

O Presidente disse ainda, que a decisão está tomada, e que deve prevalecer a soberania do Brasil, a Itália pode não gostar, mas terá que aceitar. "Somos um país generoso", foram suas palavras.

E eu me pergunto, generoso demais, todo este caso falando de generosidade e de soberania, me lembrou da ocasião em que o Presidente não se pronunciou sobre a estatização das duas refinarias da Petrobras na Bolívia. A empresa brasileira havia investido cerca de US$30 milhões nas refinarias de cocha bamba e santa cruz de La sierra, na época da compra em 1999 o Brasil pagou R$104 milhões e a proposta da Bolívia seria de venda por R$112 mi.

O governo Lula tem se mostrado muito bom, para os outros.
E pouco satisfatório para o Brasil, suas atitudes mostram despreparo diplomático. No caso Battisti ele tenta demonstrar uma força que não tem, indo contra uma decisão da justiça italiana. Talvez em outro país o pedido de extradição já teria sido cumprido, mas as coisas mais inacreditáveis acontecem aqui.
É como a terra do nunca, e o Brasil é Peter pan, uma eterna criança que insiste em não crescer.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Como ser jornalista?

Nos últimos dias tenho tido um grave problema de inspiração, e não é por falta do que falar tenho lido bastante, assisti a diversos filmes que há tempos procurava e enfim consegui encontrá-los, tenho discutido diversas coisas com os colegas. Mas então o porquê da minha falta de inspiração veio à tona.

Como estudante do 3º ano eu me sinto frustrada por não trabalhar na área. Andei pesquisando, buscando informações, entrando em contato com pessoas, mas nada parece resolver este meu problema.

Olhando algumas coisas, encontrei uma reportagem interessante sobre uma campanha que as escolas de jornalismo do Chile têm realizado, chamada NO SEAS UM PERIODISTA FRUSTRADO (não seja um jornalista frustrado). Segundo a pesquisa após dois anos de formado um em cada cinco jornalistas do Chile estavam desempregados, e que entre os 80% dos que estavam trabalhando 44% não atuavam como jornalistas.

E apesar das estatísticas não mostrarem números brasileiros, elas são assustadoras. Algumas discussões que tenho visto fazem comentários sobre as vagas após a formação, e claro isto está cada dia mais difícil. Pois o curso de jornalismo têm sido cada vez mais procurado, porém as vagas nas empresas de comunicação não crescem na mesma proporção. Mas e o que falar sobre as vagas de estágio, todos ressaltam a grande importância de ter no currículo um estágio antes do término da faculdade, e como isso pode ajudar a conseguir uma colocação no mercado, mas o que tenho presenciado é uma limitada quantidade de vagas para estudantes de jornalismo. Isso quando não somos encaminhados para processos seletivos que nada tem haver com as atividades de um jornalista.

Desta forma, acredito que a recém criada "lei do estágio", poderia ter feito melhorias muito mais pertinentes do que as que realizou.

Mas pensando no que podemos fazer para aumentar nossas chances, diante de processos seletivos cada vez mais concorridos, segue abaixo a lista de Greg Linch, estudante de jornalismo da Universidade de Miami. Continuando com a proposta do nosso blog de compartilhar informação, cultura e o que acharmos interessante.

1. Use bastante a Internet (e tudo de bom que ela pode oferecer).
2. Leia blogs sobre jornalismo online (encontrou um legal, compartilhe com os amigos. E na maioria dos blogs o guia de links é um baú do tesouro).
3. Comece um blog (Faça você mesmo. É um belo começo de portfólio).
4. Aprenda a contar histórias de mais de uma forma.
5. Sites importantes: entre para o LinkedIn (substituto brasileiro: Via 6) e adicione o Poynter aos seus favoritos (substituto brasileiro: Observatório da Imprensa? Jornalistas da Web? Comunique-se?)
6. Você tem experiência? Trabalhe nos veículos de sua universidade, e procure por experiências fora da faculdade (também conhecido como: estágio).
7. Utilize os recursos da universidade: converse com alunos mais antigos, e conheça seus professores.
8. Networking: faça contatos sempre.
9. Conheça o mercado (Pesquise oquê está acontecendo).
10. Esteja aberto a mudanças (Seja criativo e busque alternativas para driblar os problemas).

E começamos 2009, mais um ano inteiro, cheio de surpresas e batalhas, a faculdade é só mais uma.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

VICKY CRISTINA BARCELONA

Dois de Janeiro Estou no trabalho, sem nada pra fazer, então coloquei a trilha sonora do filme VICKY CRISTINA BARCELONA pra escutar.

Esta trilha é tão encantadora quanto o filme. Dirigido por Woody Allen a trama conta a história de duas amigas, Vicky (Rebbeca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) vão passar o verão em Barcelona, mas cada uma delas busca por coisas diferentes.

Vicky é uma jovem centrada, prática, prestes a se casar com um jovem com uma promissora carreira de negócios. Cristina é uma garota que busca muito da vida, mas não sabe exatamente o que.

Como uma marca do diretor Woody Allen, o filme mostra encontros e desencontros, como o acaso pode transformar a vida das pessoas, e que como ás vezes fugimos do que nos espera, fugimos do que somos, nos anulando em prol de coisas menores que nossos desejos.


O encontro das duas jovens com o extravagante artista Juan Antonio (Javier Bardem), um conquistador com seus loucos desejos. Deste encontro nasce em Vicky a dúvida sobre seu casamento, a paixão por Juan Antonio a faz perceber como deixou sua vida passar, sem que ela a tivesse vivido plenamente, mas mesmo tendo percebido isto ela não toma nenhuma atitude e continua se deixando levar para um casamento que não quer, mas não consegue dizer não.
Enquanto isso Cristina é uma linda jovem, que simplesmente se deixa levar pela paixão, pelo desejo. Nua de pudores mundanos ela se envolve com Juan Antonio, e algum tempo depois aparece sua ex-mulher Maria Elena (Penélope Cruz).
Juntos os três formam um triângulo amoroso, e quando tudo parece bem Cristina começa a sentir a inquietação dos insatisfeitos.

A jovem não sabe o que quer, mas sabe bem o que não quer, e aquele relacionamento já não a preenche, portanto decide ir embora.

A história mostra a eterna busca do ser humano pela felicidade, mas pelo lado obscuro, que é a decepção de não encontra - lá, aquela horrível sensação de vazio e insatisfação.


A beleza do filme, está em incríveis locações, na grande atuação do elenco e na genialidade do roteiro e direção de Woody Allen. E uma trilha sonora inspiradora, a poesia dos violões espanhóis, que construíram este texto.