sábado, 21 de novembro de 2009

"Leões e Cordeiros"


Política, ideais, coragem esses são os elementos dessa história. Uma jornalista, um senador e um professor que tenta mudar as atitudes de alunos com grande potencial e talvez uma visão errada de como aplicar seus talentos. Essa poderia ser uma forma rasa de relatar este filme, mas uma obra tão complexa que aborda assuntos tão intensos como os questionamentos da humanidade, não há como passar ileso por estes relatos.

O começo, uma visita da jornalista Janine Roth ao Senador Irving, para o que seria uma entrevista exclusiva, na visão de muitos jornalistas isso seria um presente, mas o que Janine descobre é que encontro seria na verdade com sua consciência, e com todos os seus ideais. Como é possível escrever sobre o que não se acredita, questionamento que demonstra um confronto entre um dever da vida moderna com princípios pessoais. Até que ponto é aceitável ultrapassar sua essência por deveres “mundanos”?


Mentiras e propaganda política é o que a jornalista acredita que Irving esteja fazendo, e ela seria sua principal arma para isso. O Senador fala sobre um novo plano de ataque ao Afeganistão, e como pano de fundo aparece á história de Arian e Finch, dois alunos que durante um trabalho da faculdade decidem fazer mais pelo país, e alistam-se voluntariamente ao exército americano. Ao mesmo tempo em que Janine entrevista Irving, O Professor Malley conta a história de Arian e Finch. Momentos que parecem desconexos demonstram a intensividade do filme em colocar na mesa conceitos, agir da forma que se acredita ou pura e simplesmente para cumprir convenções sociais.


Ser ético, trabalhar de acordo com o que é justo e ser fiel aos seus princípios, esse é o tema de “Leões e Cordeiros”, e desperta o olhar de uma sociedade engessada e desinteressada pelo rumo e pelas consequências de suas atitudes.