Tenho que confessar, mesmo sendo uma pessoa muito interessada em política - principalmente em política externa, nunca me atentei muito para os rituais eleitorais de outros países. Me bastava saber quem era o candidato eleito, e pronto.
Hoje eu tenho outra posição em relação á isso. E grande parte é causa do meu trabalho como assessora de imprensa do club Transatlântico. Ontem, 27 de Setembro/09, foi reeleita a chanceler Angela Merkel. Assisti com profundo interesse a transmissão dos resultados das eleições do parlamento alemão - Headset e ouvidos bem abertos pra ouvir a tradução simultânea, e ainda acompanhar as discussões de membros dos partidos alemães aqui no Brasil.
Na alemanha o voto é facultativo - acredito que este seja um requisito indispensável para se promover a verdadeira democracia, e seus eleitores podem votar mesmo se estiverem fora do país - O envío dos votos por correio por exemplo começou há um mês.
Muita gente no club, interessados nas mudanças que viriam, e no telão a TV Alemã comentando principalmente quais as expectativas da população caso a atual chanceler vencesse as eleições. Quando derrepente o anúncio e a imagem de Angela Merkel recebendo flores e sendo ovacionada pelos membros de seu partido. Os membros das fundações presentes no club falavam sobre a política de redução dos juros e como A chanceler reeleita deveria agir para retomar o crescimento da economia no momento pós-crise.
Segundo os comentários feitos, o maior trunfo de Angela nesse novo mandato - que cumpre o período de quatro anos, é a conquista do CDU/CSU (partidos gêmeos), do maior número de cadeiras do parlamento, um total de 33,9%. Com o resultado obtido a chanceler diz que terá muito mais espaço para implementar ações políticas de maior relevança para as necessidades do país. O antigo parceiro da candidata reeleita, o SPD, perdeu cerca de 11 pontos em relação as eleições de 2005.
O representante do SPD, disse após as prévias demonstrarem a queda da participação do partido, que eles teriam que assumir a derrota e incorporar o papel de oposição.
Eu, particularmente já acreditava na vitória de Merkel frente ao seu concorrente Frank Walter Steinmeier. Não sei claro, como ele era visto pelos alemães, mas na ótica de uma estrangeira, não me parecia provável sua vitória. Agora resta acompanhar estes próximos quatro anos de comando pelas mãos de Angela, e aguardar as medidas que vão trazer mudanças na política alemã.
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