Há duas semanas voltando da viagem de fim de ano, enfrentando o congestionamento da Regis Bittencourt minhas amigas comentaram, que estavam enlouquecendo sem acesso aos seus orkut´s e e-mails. Elas estavam sem internet há uma semana e meia, esse é realmente um tempo grande demais para ficar longe da avalanche de informações e contatos?
O acesso a rede de contatos tornou-se parte da rotina das pessoas, na minha por exemplo; minhas primeiras ações ao chegar na empresa além de checar meu e-mail coorporativo é dar Bom dia ao Twiiter, mas quem é ele mesmo? Meu bom dia é visto por 77 pessoas, amigos, conhecidos, contatos de trabalho e ás vezes alguns fakes pornográficos que eu me esqueço de bloquear. Mas qual a importância do meu bom dia diário pra esses perfís? Por que não consigo mais me desligar desse hábito ao qual fui condicionada?
Há alguns anos, com a evolução e a democratização da internet nós adquirimos cada vez mais hábitos que tomamos como indispensáveis, porém há alguns anos atrás não faziam a menor diferença em nossas vidas. Existe volta para uma vida mais real, onde as pessoas conseguem manter contatos pessoais e ter diálogos além do clichê "Oi, Tudo bem? Novidades", no msn?
É um paradoxo um texto refletindo sobre o vício da vida online, publicado em um espaço virtual e lido por pessoas que jamais saberei quem são, ou que saberão quem eu sou.