domingo, 28 de novembro de 2010

13 anos e meio

O post de hoje, já deixarei claro, não saiu da cabeça e sim do coração.
Há 13 anos e meio atrás, eu uma menina de 10 anos falava em voz alta qual o meu desejo para o futuro. Ser jornalista.

De lá pra cá, eu deixei de ser anti-social, aprendi outras linguas, passei pelo colégio, descobri diversas coisas na minha vida, fui madrinha aos 16 anos, tia aos 19 e em 2005 - último ano do colégio dei um passo concreto para a realização de um desejo que eu mantinha até então há 9 anos - ingressei no cursinho e fiz minhas inscrições para o vestibular.

Durante aqueles 6 meses de 2005 eu encontrei pessoas que mudariam minha vida. acho justo e necessário cita-lás aqui, Maíra Ornelas, hoje publicitário, linda, inteligente e companheira, Luiz Felipe Fogaça, um irmão, daqueles bem pentelhos mas que eu amo, Daniel Garcia, Déborah Bossan e Marilia Leonaldo, sempre carinhosos. Reencontrei uma pessoa que passe o tempo que for nunca sairá da minha vida - a amiga de infância, que dividiu sonhos, cataporas e segredos - Susan Hipolito que em breve passará a dividir mais um título comigo.

Naqueles dias de sol, cervejas na padoca e aulas intermináveis eu conheci mais uma pessoa, aliás A pessoa que seria a minha melhor amiga/irmã/companheira/confidente/cumplice e parceira em todos os momentos dali pra frente. A Nani foi muito mais do que a pessoa que me ensinou a amar micaretas, que me ensinou a ser mais livre, ela seria a pessoa que me falaria as coisas mais duras e mais doces. Uma amiga que me trouxe um número enorme de novos grandes amigos e momentos de felicidadem de choro, de tristeza e de saudade.


Nos últimos 5 anos, milhares de coisas aconteceram e me fizeram pensar no sentido da vida, das escolhas e das lutas que trabamos diariamente.

2010, foi um ano de sacrificio, de mudanças, de decisões e de felicidade. O nervosismo, o medo que eu demonstrei nos últimos 11 meses são a expressão do carinho, dedicação, esforço e amor empregados a este documentário, que é a minha vida. É a expressão das minhas escolhas e do que eu verdadeiramente sou.

A Dayse, que aqui escreve e que esteve ausente deste espaço durante muito mais tempo do que gostaria, é extramente metódica, vaidosa, interessada, flexivel, alegre, gosta de viver intensamente cada momento, chorona, amiga e fiél aqueles que me mantém perto do coração. Amo sem limites os meus amigos, a minha familia, às minhas escolhas e a minha profissão.

E hoje, eu digo com a certeza de que cumpri com honra e méritos as etapas que eram necessárias para a realização deste desejo. Eu sei que nasci jornalista, mas hoje eu tenho certeza de que mais que talento eu tenho a técnica e os conceitos necessário para o bom exercicio da minha profissão.

Foram 13 anos e meio, existiram dificuldades, perdas e distanciamentos que abalaram as minhas estruturas, mas o choro do agradecimento mostra que com força e vontade, cheguei ao que é na verdade um novo começo. Como o meu símbolo favorito - o triskle - a vida dará muitas voltas e muitas surpresas.

Jornalista em 26/11/2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Poder Jovem

É mais do que conhecida a frase "O jovem é o futuro da nação", mas esta citação não é muito respeitada.

Durante décadas, o jovem tem sido tratado como agente passivo na sociedade moderna e a partir do comportamento dos políticos e dos cidadãos que menosprezam a capacidade de luta e decisão do jovem, esta é uma "classe" condicionada ao erro.

Com pouco incentivo ao estudo dos grandes filósofos que ainda na Grécia Antiga refletiam sobre a sociedade e a política nela aplicada, nem mesmo quem faz parte das classes mais privilegiadas pode ser considerado um ser politizado, quanto mais quem vem de classes com problemas sociais de diferentes origens.

E mais do que, a confusão criada em que política é mostrada como o ato desonesto. O ato desonesto é praticado por aqueles que fazem o mau uso da máquina do estado que deve servir a população e não a interesses pessoais.

Como educar politicamente jovens descrentes para que o futuro seja melhor do que o presente? Por que é agora que faremos o amanhã e em ano de eleição a discussão tem que ser reforçada. Pois só a partir do debate público poderemos melhorar a comunicação e o entendimento do que pe verdadeiramente política.

Acredito que a discussão sobre ensino de política no ensino médio se torna dispensável partindo do principio que todo o ensino público server áqueles que doutrinam a juventude desprovida de conhecimento a continuar cega e descrente. E sem entender a verdade sobre política.

Uma ação da natureza humana, e tão bela apesar da deturpação dos homens que se dizem "políticos".

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O que esperar da internet?

Qual o limite da nossa dependência da internet? E mais, qual o limite do dominio da internet sobre nossas vidas?

Há duas semanas voltando da viagem de fim de ano, enfrentando o congestionamento da Regis Bittencourt minhas amigas comentaram, que estavam enlouquecendo sem acesso aos seus orkut´s e e-mails. Elas estavam sem internet há uma semana e meia, esse é realmente um tempo grande demais para ficar longe da avalanche de informações e contatos?

O acesso a rede de contatos tornou-se parte da rotina das pessoas, na minha por exemplo; minhas primeiras ações ao chegar na empresa além de checar meu e-mail coorporativo é dar Bom dia ao Twiiter, mas quem é ele mesmo? Meu bom dia é visto por 77 pessoas, amigos, conhecidos, contatos de trabalho e ás vezes alguns fakes pornográficos que eu me esqueço de bloquear. Mas qual a importância do meu bom dia diário pra esses perfís? Por que não consigo mais me desligar desse hábito ao qual fui condicionada?
Há alguns anos, com a evolução e a democratização da internet nós adquirimos cada vez mais hábitos que tomamos como indispensáveis, porém há alguns anos atrás não faziam a menor diferença em nossas vidas. Existe volta para uma vida mais real, onde as pessoas conseguem manter contatos pessoais e ter diálogos além do clichê "Oi, Tudo bem? Novidades", no msn?
É um paradoxo um texto refletindo sobre o vício da vida online, publicado em um espaço virtual e lido por pessoas que jamais saberei quem são, ou que saberão quem eu sou.